SEREIAS VOCÊ ACREDITA?!
- Hylanna Soares
- 13 de jun. de 2017
- 10 min de leitura
É provável que o mito tenha tido origem em relatos da existência de animais com características próximas daqueles que, mais tarde, foram classificados como sirénios. Na Idade Média, as sereias com caudas de peixe foram primeiramente descrito por um monge da Abadia de Malmesbury em torno de 680 d.C. Para o Cristianismo estes seres significavam pecado, vaidade e luxúria. Na Mitologia Grega, são seres metade mulher e metade peixe (ou pássaro, segundo alguns escritores antigos) capazes de atrair e encantar qualquer um que ouvisse o seu canto.Sereia é uma figura da mitologia universal, presente em lendas que serviram para personificar aspectos do mar ou os perigos que ele apresenta, em quase todos os povos se tem historias sobre esses seres, principalmente por quem dependia do mar para sobreviver, e geralmente era representado por uma aparência feminina e que com seu canto, enfeitiçava os pescadores levando os a morte, porém o mito representado na mitologia grega era um ser que continha o corpo de pássaro e a delicadeza de uma mulher, ao longo do tempo essa imagem foi mudada para mulheres com metade peixe
SERÁ MESMO QUE OQUE APARECE NESSE VÍDEO E REAL?!
MURGEN, A SANTA SEREIA
Desenho do século 15 de uma sereia segurando um espelho e com um golfinho, em uma igreja de Oaksey, em Wiltshire.
Mencionada pela primeira vez no século 17, a Santa Murgen foi capturada no norte do País de Gales, é mencionada nos Anais do Reino da Irlanda como Santa Murgen de Inver Ollarba. Não reconhecida pela Igreja Católica, essa história tem algumas versões.
As versões concordam que a sereia começou sua vida como uma humana comum chamada Liban, por volta de 90 a.C. De acordo com uma versão, a família de Liban foi morta quando ocorreu uma inundação do Lago Neagh em sua aldeia. Ela viveu então por um ano sob as ondas com seu cachorrinho, crescendo sozinha e pedindo a Deus que pudesse ser transformada em um salmão para nadar com os cardumes de peixes. Outra versão conta que Liban estava perto do mar quando foi arrastada junta de seu cachorro pelas ondas para uma caverna. Lá, ela pediu a uma deusa que a ajudasse, transformando-a em peixe para sair de lá nadando. Em ambos os casos, Liban teve seu pedido atendido e teve suas pernas transformadas em uma calde de salmão, embora mantendo sua forma de mulher do umbigo para cima e o seu cão foi transformado em uma lontra.
Segundo as lendas, em 390 ou em 558, St. Comgall, Bispo de Bangor, despachou um de seus clérigos, Beoc, a Roma, para consultar o Papa Gregório sobre algumas questões. Enquanto navegavam, eles foram companhados por uma voz muito doce cantando debaixo da água. Era tão doce que Beoc achou que fosse a voz de um anjo. Liban falou:
“Sou eu que estou cantando. Eu não sou nenhum anjo, mas sim Liban, filha de Eochaid, e por 300 anos tenho vivido nadando pelos mares, e eu te imploro para me deixar encontrar os homens santos de Bangor, no Iver Ollarba. Eu oro para que você diga a Comgall o que eu disse, e deixe que todos venham com redes e barcos para me tirarem do mar”.
Então os homens vieram com barcos e redes e a capturaram. Três homens a reivindicaram: Beoc, Congall e o homem que a tirou do mar. Segundo os costumes, os aldeões deixaram Deus decidir para qual lugar ela iria, colocando um balde de água em carroças puxados por bois. Os animais pararam na Igreja de Beoc, e lá ela ficou.
Para Liban foi dada a opção de morrer naquele momento ir para o céu, ou viver por mais 300 anos e, em seguida, ir para o céu. Liban preferiu morrer imediatamente, e assim Comgall a batizou de “Murgen” (ou Muirgen), que signfica “nascida do mar” ou “filha do mar”.
A HISTÓRIA REAL DA SEREIA DE FIJI
Em meados de julho de 1842, um jovem com o nome Dr. J. Griffin, um membro do Liceu Britânico de História Natural, chegou a Nova York com uma curiosidade notável: uma sereia de verdade supostamente capturada perto das ilhas Fiji no Sul do Pacífico. A imprensa estava esperando por ele, pois durante todo o verão eles estiveram recebendo cartas do médico descrevendo sua sereia. Ao chegar no hotel, os repórteres estavam esperando-o, pedindo para ver a sereia. A contragosto, o homem mostrou a criatura, que convenceu a todos com a sua “autenticidade”.
Logo depois, o empresário P.T. Barnum visitou os principais jornais da cidade, onde explicou que estava tentando convencer o Dr.Griffin para exibir sua sereia em seu museu. Infelizmente, o médico não estava disposto a fazê-lo. Barnum ofereceu aos jornais o uso de uma xilogravura de uma bela e seminua sereia. Os jornais, cada um pensando que tinha o desenho exclusivo, aceitaram a oferta e no domingo 17 de Julho de 1843, xilogravuras de sereias apareceram em todos os jornais. Simultaneamente, Barnum distribuiu dez mil cópias de um panfleto sobre sereias por todas a cidade.
Com toda essa publicidade, a curiosidade para ver a sereia de Fiji (ou Feejee) foi o tema principal das conversas de toda a cidade. Todos queriam ver por si mesmos. Então Dr.Griffin concordou em exibí-la durante uma semana no Concert Hall, na Broadway. Enormes multidões apareceram na exposição, e Dr.Griffin deu paletras para multidões sobre suas experiência como explorador, contando também suas teorias da história natural. Essas eram um tanto peculiares. Por exemplo, seu principal argumento era de que as sereias deveriam ser reais uma vez que todas as coisas na Terra também existiam no oceano – como cavalos marinhos, leões marinhos, cães marinhos, etc. Desse modo, deveríamos assumir que também há “humanos marinhos”.
Ao longo de todo esse tempo, o público tinha se decepcionado três vezes. Em primeiro lugar, apesar dos anúncios mostrarem a sereia como uma mulher jovem e bonita, a criatura era bem menos atraente. Tinha o corpo murcho de um macaco e o rabo de um peixe seco. Como o correspondente do jornal “Charleston Courier” colocou:
“É uma alusão… a visão da maravilha foi para sempre roubada de nós – jamais teremos novamente o discurso, mesmo na poesia, da beleza da sereia, nem conquistaremos uma sereia mesmo em nosso sonhos – pois a senhora Fiji é a própria encarnação da feiúra”.
Em sua autobiografia, Barnum descreve a sereia como um ser feio, seco, preto na aparência e pequeno, seus braços postos para cima, “dando-lhe a aparência de ter morrido em grande agonia”.
Em segundo lugar, o Dr. Griffin era uma fraude. Ele não era um cavalheiro inglês. Na verdade, o Liceu Britânico de História Natural não existia. Seu verdadeiro nome era Levi Lyman, e ele era cumplice de Barnum. A introdução da sereia e sua exposição tinha sido fruto da imaginação de Barnum o tempo todo. Ele tinha arranjado cartas sobre o tal Dr.Griffin para serem enviados aos jornais de Nova York furante o verão e então orquestrou cuidadosamente a publicidade para quando o Dr. Griffin chegasse em Nova York. Tudo isso fora feito para dar a sereia um verniz de respeitabilidade científica.
Finalmente, a própria sereia era uma farsa, e Barnum sabia disso. Ele tinha alugado a sereia do showman Moses Kimball, de Boston – que por sua vez a tinha comprado de um marinheiros – mas antes de montar todo o “show” ele havia consultado um naturalista sobre a autenticidade da sereia. O profissional havia lhe assegurado que era falsa. No entanto, Barnum percebeu que não era importante se a sereia era ou não real. Tudo o que importava era que o público fosse levado a acreditar que fosse real. Então ele contratou um falso naturalista, Dr. Griffin, para atestar a autenticidade da criatura, colocou imagens de sereias nuas nos jornais, manipulando o público a querer vê-la.
A criatura era um exemplar de uma forma de arte tradicional aperfeiçoada por pescadores no Japão e Índia orientais que construíam falsas sereias costurando a parte superior de corpos de macacos com a calda de peixes. Eles muitas vezes criavam esses animais para uso em cerimônias religiosas. Acredita-se que a sereia de Fiji tenha sido feita por volta de 1810 por um pescador japonês. Em seguida, foi comprada por comerciantes holandeses, e em 1822, comprada por um capitão americano, Samuel Barret Eades, que teve que vender seu navio para comprá-la. Ele esperava fazer fazer fortuna com a sereia ao exibí-la, mas não teve sucesso. Os naturalistas britânicos tiveram a oportunidade de examinar a criatura, sendo logo desmascarada pela imprensa e amortecendo o interesse do público na hora. Quando Eades morreu, a sereia passou para seu filho, que a vendeu para Moises Kimball.
Depois da exibição de um mês em seu Museu, Barnum decidiu enviar a sereia em uma excursão pelos estados do sul. Ele confio a seu tio, Alanson Taylor, essa tarefa. No entanto, quando Taylor e a sereia chegaram na Carolina do Sul, se viram envolvidos em uma amarga disputa entre dois jornais rivais, o Cahrleston Courier e o Charleston Mercury, sendo a sereia o foco de suas disputas. O problema começou quando Richard Yeadon, editor do Courier, declarou que acreditava que a sereia era real. Na mesma hora, Rev. John Bachman, um naturalista amador, publicou no Mercury que acreditava que a sereia era uma farsa. Esta discussão trouxe um fim precoce a turnê, e a sereia foi secretamente enviada de volta para Nova York. Nos próximos vinte anos, a sereia dividiria seu tempo entre o Museu de Kimball em Boston e o Museu de Barnum em Nova York. Sua maior aventura ocorreu em 1859, quando foi levada em uma turnê em Londres. Quando voltou, a sereia ficou no Museu de Kimaball, onde seu paradeiro some. É possível que ela tenha sido destruída quando o Museu de Barnum foi incendiado em 1865. No entanto, é provável que ela estivesse no Museu de Kimball, que também foi incendiado no início dos anos de 1880.
O Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia da Universidade de Harvad possui hoje uma sereia que alguns tem especulado como sendo a sereia de Fiji original. De acordo com seus registros, esta criatura foi salva do incêndio que consumiu o museu de Kimball, tendo sido doado a Harvard por seus herdeiros. O problema é que essa sereia não se parece em nada com a sereia de Fiji, sendo muito menor e menos trabalhada. Além disso, de acordo com os registros a sereia original tinha a mão direita colocada contra a face direita, e a esquerda ficava embaixo de seu maxilar inferior esquerdo. É provável, então que a sereia original tenha sido queimada em um dos dois incêndios. (imagem abaixo:Sereia de Harvard.)
SEREIA NO BRASIL : A LENDA DE IARA
Segundo a lenda, Iara, cujo nome significa “aquela que mora na água”, era a melhor índia guerreira de uma tribo amazônica, e recebia muitos elogios de seu pai, que era o pajé da vila. Os irmãos de Iara tinham muita inveja e resolveram matá-la à noite, enquanto dormia. Iara, que possuía um ouvido bastante aguçado, os escutou e os matou. Com medo da reação de seu pai, Iara fugiu. Seu pai, o pajé da tribo, realizou uma busca implacável e conseguiu encontrá-la, e como punição pelas mortes a jogou no encontro dos Rios Negro e Solimões. Alguns peixes levaram a moça até a superfície e, em uma noite de lua cheia, a transformaram em uma linda sereia.
Conta a lenda que Iara é considerada a mãe d’água, e que a mesma encanta os pescadores por sua beleza. É morena, índia, com cabelos castanhos e longos, cobrindo seus seios, que ficam à mostra. Como toda lenda, a história da Iara também tem seu lado fantasioso, inventado pelos homens: nas noites de lua cheia ela torna-se conquistadora, atraindo os pescadores, exibindo-se para eles, desvendando seu corpo de sereia. Também usa do seu canto para deixá-los meio hipnotizados. Dessa forma, faz com que eles a acompanhem até o fundo do rio. Dizem que a Iara atrai os homens sob a promessa de uma eterna bem-aventurança em seu palácio, onde a vida é uma felicidade sem fim. A maioria morre nas profundezas do rio, e os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pode livrar o homem do feitiço.
Iara deixa sua casa no fundo das águas no fim da tarde. Surge magnífica à flor das àguas: metade mulher, metade peixe; cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vítimas. Iara, como índia, possui pele parda, olhos castanhos e cabelos negros (alguns dizem que é verde-escuro). Iara também fazia mulheres de vítima ao se transformar em um belo homem. As crianças também são vítimas, e após desaparecem misteriosamente, creem os ribeirinhos que essas crianças ficam “encantadas” no reino da “gente do fundo”. Lá o menino é instruído no preparo de todos os tipos de remédios. Passados sete anos, durante os quais foi iniciado nas artes mágicas e na manipulação de plantas e ervas, o jovem pode retornar para junto dos seus, onde, geralmente, se torna um grande curandeiro.
Um dos homens encantados por Iara foi o índio Tapuia. Certa vez, pescando, ele viu a deusa, linda, surgir das águas. Resistiu, não saiu da canoa, remou rápido até a margem e foi se esconder na aldeia. Mas Tapuia ficara enfeitiçado pelos olhos e ouvidos não conseguia esquecer a voz de Iara. Numa tarde, morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo. A sereia já o esperava cantando a música das núpcias. Tapuia se jogou no rio e sumiu num mergulho, carregado pelas mãos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve festa no chão das águas e que foram felizes para sempre. Outros dizem que na semana seguinte a insaciável Iara voltou para levar outra vítima.
DESENHO FAMOSO: A Pequena Sereia
Ariel vive no fundo do mar e é uma sereia independente que quer fazer parte do mundo dos humanos. Depois de tomar coragem e fazer um acordo com Úrsula, a esperta bruxa do mar, Ariel embarca na aventura da sua vida. Ao lado de Linguado e Sebastião, Ariel precisará ser valente e determinada para fazer o bem para os seus dois mundos.
SÉRIES E FILMES COM SEREIAS
Aquamarine
Splash – Uma sereia em minha vida (1984)
Miranda (1948)
Mad About Men (1954)
Mr. Peabody and The Mermaid (1948)
Ondine (2009)
H2O: Meninas sereias (2006)
O 13º aniversário (1999)
Piratas do Caribe IV (2011)
Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005)
Se conhece mais algum nos conte !! <3
LIVROS SOBRE SEREIAS
Poseidon, de Anna Banks
Teardrop - Lágrima de Lauren Kate
A Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen
Sereias - O Segredo das Águas, de Mirella Ferraz
O Elfo e a Sereia, de Ana Maria Machado
Quando as Sereias Choram, de Mirella Ferraz
Despertar - Série Watersong, de Amanda Hocking
Dilúvio - Teardrop, de Lauren Kate
O Outro Pé da Sereia, de Mia Couto
Se conhece mais algum nos conte !! <3
LOJAS PARA QUEM QUER SER SEREIA HAHA
E VOCÊ ACREDITA EM SEREIAS???
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